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Bairro Primeiro de Maio em BH: 4 curiosidades sobre a região

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Bairro Primeiro de Maio em BH: 4 curiosidades sobre a região

Localizado na Zona Norte de BH, o bairro Primeiro de Maio nasceu de uma vila operária, fundada na capital em meados de 1930. Por isso, não é de se surpreender que seu nome faça referência ao feriado do Dia do Trabalhador, data importante para os primeiros moradores da região. 

Com uma história quase centenária, o Primeiro de Maio é palco de acontecimentos curiosos, personagens interessantes e fatos que ajudam a contar um pouco da história de Belo Horizonte.  

O Blog da Valenet reuniu quatro curiosidades do Primeiro de Maio, para você ficar por dentro da história do bairro. 

Sumário

O nome das ruas do Primeiro de Maio homenageia personagens e grandezas da física

Ohm, Volts, Ampère, Elétron: esses nomes diferentões podem até causar algum estranhamento à primeira vista, mas já fazem parte do dia a dia de quem está acostumado a transitar pelas ruas do bairro Primeiro de Maio.  

Além de se tratarem de expressões do universo da Física, mais especificamente do ramo da eletricidade, todos os termos citados acima também são nomes de ruas do Primeiro de Maio. Mas você já parou para pensar no que, de fato, eles significam? Vamos descobrir a seguir!  

  • Rua Volts: Volt é a unidade de medida que representa a tensão elétrica. A nomenclatura é uma homenagem a Alessandro Volta, físico e químico italiano; 
  • Rua Ampére: Ampère é a unidade de medida da corrente elétrica. A nomenclatura é uma homenagem a André-Marie Ampère, físico, cientista e matemático francês. 
  • Rua Ohm: Ohm é uma unidade de medida de resistência elétrica. Ela é obtida a partir da relação entre relação entre a tensão de um volt e uma corrente de ampère. O nome é uma homenagem a Georg Simon Ohm, físico e matemático alemão; 
  • Rua Elétron: O elétron é uma partícula fundamental presente na estrutura dos átomos, com carga elétrica negativa; 
  • Rua Faraday: Michael Faraday foi um físico e químico britânico. Foi o responsável por formular a Lei de Faraday, que trata sobre o fenômeno da indução eletromagnética. 

Apesar de não se saber ao certo quem foi o responsável por batizar essas ruas do bairro Primeiro de Maio, podemos concordar que a intenção era criar nomes eletrizantes, não é mesmo? 

Bairro Primeiro de Maio BH: Rua Eletrón
Rua Elétron, no bairro Primeiro de Maio, em BH – Fonte: Google Maps

Padre Pigi: o pároco italiano que liderou a luta pelo direito à moradia no Primeiro de Maio

Em 1964, um seminarista italiano renunciava o conforto de sua família de posses em Milão para viver em uma comunidade no Brasil. Seu nome era Pier Luigi Bernareggi, que mais tarde seria conhecido como Padre Pigi

O pároco foi morar na região onde hoje é o bairro Primeiro de Maio, em BH. Naquela época, a comunidade era conhecida como “Vila Operária do Matadouro”, e seus moradores ainda lutavam pelo direito de viver na região. 

De acordo com relatos do próprio padre, em entrevista concedida ao projeto OPBH Cartografia, a polícia e os então ocupantes da área travaram uma batalha constante durante o período da Ditadura Militar.  

À noite a população construía suas moradias, que eram frequentemente derrubadas pelos agentes do estado ao raiar do dia. Então, outras habitações eram novamente erguidas pelos operários que se estabeleciam nas Vilas do Primeiro de Maio. 

Em meio aos conflitos, o Padre Pigi tornou-se uma liderança importante na mobilização pela lei do Profavela. Aprovada em 1983, a legislação foi a primeira do país a possibilitar a regularização fundiária de favelas.  

Também foi o Profavela que possibilitou a realização de um projeto de urbanização nas vilas do Primeiro de Maio, poucos anos depois, ainda sob a liderança de Padre Pigi. 

Atualmente, quem caminha pelas imediações dos bairros Providência e Primeiro de Maio encontra a Paróquia de Todos os Santos. Foi nessa igreja que o Padre Pigi atuou durante os últimos anos de seu ofício. O pároco faleceu em janeiro de 2021, aos 81 anos. 

A trajetória do Padre Pigi ajuda a contar um pouco da história do bairro Primeiro de Maio, e faz parte da luta pelo direto a moradia e habitações dignas no Brasil.  

O bar Calabouço foi referência cultural no bairro Primeiro de Maio

Os anos 80 foram a década de ouro da música no Brasil. Ritmos envolventes estouravam a todo momento, com muito Pop, Dance Music, MPB e Rock Nacional tocando em casas de show por todo o país. 

Foi nesse contexto que nasceu o Bar Calabouço, no Primeiro de Maio. O centro cultural teve início em 1980 sob comando de Edmundo Correa, que usou o espaço da própria casa como ponto de encontro para reunir a galera e dar início ao empreendimento. 

No local, eram realizadas feiras com debates, exposições, oficinas e apresentações musicais. Aos poucos, a proposta ganhou corpo e o Bar Calabouço foi inaugurado oficialmente em 1983.  

Com foco em atrações da Música Popular Brasileira, o espaço recebeu nomes como Zeca Baleiro, Chico César e Toninho Horta. Também foi palco para bandas de pós-punk e metal, sempre dando lugar para todas as tribos. 

A história do bar Calabouço serve, até hoje, como referência para a cena cultural de BH. Após o encerramento das atividades da casa, em 1996, Edmundo seguiu a trajetória de sucesso no ramo. O empreendedor inaugurou o Butecário, no centro, e o icônico bar Matriz Casa Cultural, que funcionou por quase de 20 anos no Edifício JK e hoje fica localizado na Casa do Jornalista.

Veja como está a casa Matriz atualmente:

 
 
 
 
 
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O bairro Primeiro de Maio teve origem no entorno de um matadouro

Você sabia que o Primeiro de Maio surgiu nos arredores de um antigo matadouro? Em outubro de 1937, foi inaugurado no bairro São Paulo o Matadouro Modelo, que passou a funcionar em setembro do mesmo ano. 

O empreendimento foi construído para suprir as insuficiências do primeiro (e até então, único) matadouro de Belo Horizonte, que ficava localizado na área onde hoje é o Boulevard Shopping.  

Com a inauguração do Matadouro Modelo, na região do Ribeirão do Onça, muitos trabalhadores mudaram-se para a área, fazendo crescer ainda mais as vilas operárias nos arredores do empreendimento.  

Em 1967, com a reunião de várias dessas vilas, o bairro recebeu o nome atual. 

Matadouro Modelo no bairro primeiro de Maio BH
Matadouro Modelo em foto tirada na década de 60 – Fonte: Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte

A Valenet tem a melhor cobertura de internet no bairro Primeiro de Maio

Fibra óptica de verdade com a melhor cobertura de internet no Primeiro de Maio é com a Valenet. A provedora atende todo o bairro, oferecendo uma conexão rápida e de qualidade. 

Além da cobertura de internet, a Valenet também disponibiliza planos de TV por assinatura, telefone fixo, Wi-fi Mesh e soluções empresariais em toda a região.  

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8 thoughts on “Bairro Primeiro de Maio em BH: 4 curiosidades sobre a região

  1. Não sabia sobre nenhuma dessas infomações, e o que mais gostei foi dos nomes das ruas!! Sem contar o Matriz, onde coleciono algumas boas lembranças <3

  2. Matéria bacana. Fui citado na matéria, em agosto estaremos inaugurando nosso novo espaço no bairro Pompéu em Sabará. Aproveito a oportunidade para convidar a todos. O espaço se chamará Entre Trilhas-comida e arte. Informações: 319974311692. Grato, Edmundo Correa, fundador do Calabouço, Butecário, Casa Matriz. e cliente da Valenet

    1. Oi, Edmundo, que máximo ter você por aqui, o Calabouço foi um ícone do Primeiro de Maio! Desejamos muita prosperidade novo espaço, temos certeza que será um sucesso. Estamos juntos 💙

  3. Espetacular relato do nosso bairro , Primeiro de Maio! Parabéns!
    Deu uma saudades daquele Matadouro,aliás. nunca entendi porque não preservaram um prédio público magnânime, robusto, como àquele!. Hoje, poderia ser um ponto turistico. Seria possível sim, desviar dele, para fazer às obras.
    Padre Pitt, deveriam levantar uma estátua na praça para ele. Que ser humano fantástico!
    As escolas fo bairro, deveriam falar sobre ele. Pois às novas gerações devem saber das lutas que ele tratou para que o Primeiro de Maio continuasse a existir. Tive.poucas oportunidades de conversar com ele, mas, dessas poucas vezes, v o ser humano de luz, que estava diante de mim.
    Ah! São tantas histórias!

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