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Mulheres no mercado de trabalho: conheça a evolução delas e veja a importância da liderança feminina
As mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho e deixando sua marca em empresas mundo afora. No Brasil, elas são parte fundamental de milhões de negócios e, em alguns casos, são líderes de muitas equipes de sucesso.
A trajetória das mulheres no mercado de trabalho foi árdua e é marcada por garra e perseverança. Assim, ao longo do tempo, diversas foram as conquistas que nos trouxeram ao ponto em que estamos hoje. Nesse post, iremos relembrar o percurso das mulheres no mercado de trabalho e falar na importância da liderança feminina na cultura empresarial.
Sumário
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- Evolução das mulheres no mundo corporativo
- Mulheres no mercado de trabalho brasileiro
- A liderança feminina no mercado de trabalho
- Lideranças femininas são exemplo na Valenet
Evolução das mulheres no mundo corporativo
Em 1960, o início da Revolução Industrial trouxe mudanças para o mercado de trabalho. Com o surgimento das fábricas, o setor agrário e as atividades artesanais foram sendo levados para dentro das indústrias, o que redefiniu de forma significativa os papéis sociais e a atuação de homens, mulheres e crianças.
A partir desse momento, os trabalhadores do campo começam a ter a oportunidade receber um salário em troca de seus serviços nas fábricas. Assim, as tarefas passaram a ser divididas de acordo com os papéis mais adequados a cada função realizada.
Foi a primeira vez que um grande grupo de mulheres trabalhou fora de casa. Isso trouxe certa autonomia e independência a elas, o que acendeu uma fagulha para o surgimento de movimentos pelos direitos das mulheres.
Contudo, a legislação da época estabeleceu algumas restrições que diminuíram a mão de obra feminina nas fábricas. Nessa época, acreditava-se que o salário recebido pelos homens era suficiente para sustentar o núcleo familiar e foi daí que surgiu a ideia de que o marido é o provedor do lar e a mulher é a responsável pelas atividades domésticas.
A importância das duas grandes guerras na inserção das mulheres no mercado de trabalho
Com o acontecimento das duas grandes guerras mundiais, a presença das mulheres no mercado de trabalho voltou a ser expressiva. Isso porque, com os homens sendo recrutados, elas foram encorajadas a assumir postos nas fábricas de armamento, produzindo armas e bombas. Muitas vezes elas também eram voluntárias em postos de saúde e enfermarias.
Com o passar do tempo, os empregadores passaram a ver na figura feminina um perfil para ocupar cargos em escritórios e no ensino básico em troca de salários baixos, sem plano de crescimento e pouco competitivos.
Nessa época, a disparidade salarial já acontecia, e era principalmente devido a posição de provedor da família ocupada pelos homens. Porque, como eles eram os provedores do lar e precisavam sustentar a casa, acreditava-se que a remuneração masculina precisava ser maior.
Grande parte das mulheres que trabalhavam nessa época não tinham dependentes para dar suporte, lógica que foi usada para fomentar a falta de equiparação salarial.
A emancipação feminina no mercado de trabalho
Nos anos 1970, a presença das mulheres no mercado de trabalho já estava em constante crescimento, embora fosse restrita a papéis menores. Com o aparecimento das tecnologias digitais, mesmo as mulheres casadas passaram a trabalhar fora, dando início à famosa jornada dupla.
Nessa época surgiu também a possibilidade de fazer um curso superior, já que as universidades passaram a admitir mulheres, facilitando assim, a participação delas no mercado de trabalho e a ocupação de cargos majoritariamente masculinos.
Embora as remunerações tenham melhorado, não havia equiparação salarial. Foi então que os movimentos feministas ganharam força, abrindo os olhos da população e começando tratar de pautas que até hoje seguem sem solução.
Atualmente, mesmo que muitos anos tenham passado desde o início da Revolução Industrial, a diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho ainda é muito discrepante.
O crescimento do meio digital trouxe um aumento significativo das oportunidades, o que tem permitido que elas, cada vez mais, abandonem certos papéis tradicionais.
Mulheres no mercado de trabalho brasileiro
O número de mulheres no mercado de trabalho ao redor do mundo cresceu e, consequentemente, no Brasil também. Hoje em dia, cada vez mais mulheres têm se tornado as provedoras das casas em diversas situações.
Nos últimos anos, o número de mulheres que trabalham de carteira assinada no Brasil quase dobrou em comparação com a década anterior. Entretanto, esse dado não é tão expressivo quando comparado à quantidade de homens que trabalham fora.
Ademais, a discrepância salarial ainda é um problema a ser resolvido, já que os homens ainda recebem salários mais altos para executar as mesmas funções que as mulheres.
Uma pesquisa feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego, divulgada em setembro de 2024, mostrou que mulheres recebem em média 20,7% a menos que os homens empregados no setor privado.
A pesquisa também mostrou que a discrepância salarial é ainda maior para mulheres em cargos de liderança. Elas recebem 73% da remuneração dos homens nos mesmos cargos – ou seja, 27% a menos do que deveriam se houvesse equidade de gênero.
A jornada dupla de trabalho das mulheres também é um desafio desde quando elas entraram no mercado de trabalho. Porque, embora elas tenham começado a trabalhar fora de casa, o cuidado com a casa e com a família ainda são vistos como atividades femininas.
Para as mulheres que são mães o cenário é ainda mais desafiador porque o mercado de trabalho brasileiro não adota boas práticas para que essas mulheres possam conciliar a maternidade com o emprego fora de casa.
Conquistas importantes das mulheres brasileiras ao longo do tempo
A luta pelos direitos femininos e pelo espaço no mercado de trabalho é antiga e o cenário que vemos hoje é graças às lutas de milhares de mulheres ao longo da história. As principais realizações das mulheres brasileiras ao longo dos anos foram:
- Em 1879, as mulheres ganharam o direito de se graduar em universidades;
- O direito ao voto foi concedido em 1932;
- As pílulas anticoncepcionais passaram a ser comercializadas em 1960;
- A autorização para trabalhar sem a permissão do marido veio em 1962;
- Em 1977 entrou em cena a Lei do Divórcio, que deu o direito a separação caso estivessem infelizes no casamento;
- O direito à licença-maternidade durante 120 dias foi concedido em 1988;
- Em 1996, o Congresso Nacional criou um sistema de cota para garantir a inscrição de ao menos 20% de mulheres nas chapas eleitorais dos partidos;
- Apenas em 2002 houve a exclusão de um artigo do Código CIvil que permitia que os homens anulassem o casamento caso descobrissem que a esposa não era mais virgem;
- A criação da Lei Maria da Penha aconteceu em 2006 e passou a proteger muitas mulheres da violência doméstica;
- A Lei do Feminicídio foi aprovada em 2015 e trouxe mais liberdade e segurança para as mulheres brasileiras.
A liderança feminina no mercado de trabalho
A liderança feminina no mercado de trabalho já é realidade em diversos lugares do mundo e no Brasil não é diferente.
Nesse contexto, as mulheres que ocupam cargos de liderança fazem parte de uma geração de profissionais atentas às mudanças tecnológicas e que buscam cada vez mais capacitação, assumindo postos importantes na gestão de muitas empresas.
Nesse novo cenário, a dominância masculina que esteve enraizada na cultura empresarial durante anos vai dando espaço para uma maior igualdade.
Assim, hoje em dia é mais comum ver mulheres ocupando posições de gerência, diretoria e coordenação em empresas de diversos segmentos, mostrando que a concepção de igualdade está deixando de ser apenas parte de um discurso.
Porém, mesmo com esse espaço conquistado, ainda há um longo caminho a percorrer. Isso porque a liderança feminina ganhou notoriedade, mas a sociedade que vivemos ainda é machista em diversos aspectos, inclusive, no mundo corporativo.
Ademais, como o machismo também é uma questão social, a inserção de mulheres nos cargos mais altos ainda está em processo de adaptação. O caminho para se inserir no mercado de trabalho já foi trilhado, mas as mulheres ainda precisam lutar pela ascensão profissional.
No Brasil, um estudo da FIA Business School, baseado em dados de 2023, mostrou que as mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança em grandes empresas premiadas como “Lugares Incríveis Para Trabalhar”.
Além disso, o Panorama Mulheres 2023, conduzido pelo Talenses Group e Insper, destacou um crescimento significativo de 13% para 17% na participação de mulheres como CEOs entre 2019 e 2022. A expectativa é que esses dados aumentem nos próximos anos e uma mudança promissora na liderança feminina no cenário empresarial braisleiro aconteça.
Lideranças femininas são exemplo na Valenet
A Valenet é uma empresa do segmento de telecomunicações e há mais de 25 anos está conectando milhares de mineiros com a melhor internet do estado. A Valenet, inclusive, foi fundada por Michele Reis, uma liderança feminina que é referência e sinônimo de força e garra.
Além de Michele Reis, na Valenet há outras mulheres que ocupam cargos de gerência, coordenação e diretoria. E devido ao segmento de telecomunicações ser predominante masculino, as lideranças femininas da Valenet comprovam que as mulheres estão conquistando seu espaço no mercado de trabalho.
Dentro das dezenas de setores da Valenet, há mulheres que coordenam equipes de áreas que historicamente são predominadas por homens. Uma delas é Joyce Eustáquio de Oliveira, que entrou na Valenet em janeiro de 2019 como Analista de Redes e atualmente coordena o Centro de Gerência de Redes, CGR.
Tenho 6 anos de Valenet […] coordeno uma equipe extremamente técnica que cuida desde o monitoramento dos ativos da rede Valenet até as configurações e execução dos projetos mais complexos no core de rede. Atuamos em equipamentos que atendem de 1 a 40 mil assinantes em um mesmo equipamento.
Joyce Eustáquio de Oliveira
Além de Joyce, Jéssica Guimarães do Nascimento também é coordenadora de segmento majoritariamente masculino do mundo corporativo.
Sou coordenadora de frota e trabalho na Valenet há 4 anos. Sou a responsável por fazer a logística dos veículos da Valenet e por garantir a disponibilidade e confiabilidade deles para os condutores. Em suma, coordeno a organização dos veículos e condutores da Valenet.
Jéssica Guimarães do Nascimento
Regina Pereira Pinto também é uma das lideranças femininas da Valenet. Ela é coordenadora de segurança do trabalho e a responsável por garantir que os colaboradores da Valenet fiquem protegidos.
[..] Sou Coordenadora de Segurança do Trabalho na Valenet, uma posição que, por muitos anos, foi predominantemente ocupada por homens […]. Com 15 anos de experiência na Segurança do Trabalho, passei por diferentes setores […] onde, tradicionalmente, a liderança e as equipes são dominadas por homens. Ao longo dessa jornada, enfrentei inúmeros desafios para conquistar espaços de liderança, mas hoje vejo com orgulho o quanto a inclusão feminina tem transformado o ambiente de trabalho, trazendo novas perspectivas e tornando as equipes mais colaborativas, eficientes e inovadoras. […] Tenho a chance de ver a presença feminina crescendo em áreas técnicas e de liderança é um avanço significativo, e me sinto inspirada a seguir nesse caminho de transformação.
Regina Pereira Pinto
As lideranças femininas da Valenet são exemplos para muitas mulheres que buscam seu espaço no mercado de trabalho. Elas, ao lado de mais de mil colaboradores, ajudam a levar a tecnologia de ponta da Valenet para a sua casa.
fggf
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