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Conheça a história do Cemitério da Saudade, que deu nome ao bairro Saudade em BH
Para alguns mórbida, para outros poética: a história do bairro Saudade começou no entorno de uma necrópole. Tanto é que o nome da região foi escolhido em referência ao Cemitério da Saudade, construído no local na década de 40.
O desenvolvimento do bairro Saudade em BH, na zona leste do município, confunde-se também com a evolução da capital mineira. Descubra, a seguir, mais detalhes sobre a história da região!
Sumário
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- História do Cemitério da Saudade em BH
- Curiosidades sobre o Cemitério da Saudade
- O bairro Saudade em BH
- A Valenet tem a melhor internet do bairro Saudade
História do Cemitério da Saudade em BH
O Cemitério da Saudade é a segunda necrópole mais antiga de Belo Horizonte. Antes de sua construção, os moradores da capital mineira contavam com um único lugar para enterrar seus mortos: o cemitério do Bonfim, primeiro da cidade, inaugurado em fevereiro de 1897, antes mesmo da fundação oficial de BH.
Com o passar dos anos, o Bonfim já não estava sendo capaz de suprir a demanda de funerais e sepultamentos. Por conta disso, em 1942, o então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitscheck, fundou o Cemitério da Saudade. A necrópole foi projetada com características de um parque: arborização especial, flores e túmulos com o aspecto de monumentos.
Mas a presença de dois cemitérios na cidade levantava uma questão: como organizar quem seria enterrado em qual propriedade? Para isso, propôs-se uma solução simples: quem morresse do lado leste da Avenida Afonso Pena seria enterrado no Saudade, e quem morresse no lado oeste descansaria na paz do Bonfim.
Como grande parte dos bairros de BH com moradores de maior poder aquisitivo ficavam à oeste da Afonso Pena, o Cemitério do Bonfim ganhou fama de opulento, enquanto o da Saudade era visto como mais modesto.
Hoje, o Cemitério da Saudade tem uma área de 188 mil m² e guarda cerca de 31 mil sepulturas. Em mais de 80 anos de história, lá foram enterradas aproximadamente 373 mil pessoas.
Curiosidades sobre o Cemitério da Saudade
Alguns detalhes do Cemitério da Saudade podem surpreender até mesmo quem já conhece o local ou é morador do bairro Saudade em BH. Veja a seguir algumas curiosidades sobre a necrópole!
O Cemitério da Saudade tem a planta no formato de um caixão
Com uma rápida olhada na região pelo Google Maps, dá para perceber: as linhas que delimitam o perímetro do Cemitério da Saudade em BH, parecem formar o desenho de um caixão.
A entrada da necrópole, na Praça Louis Baille, fica na porção mais estreita do desenho, onde seria o topo do caixão. A partir dela, as linhas retas que se expandem na diagonal são delimitadas pelas ruas André Favalleli e Taquaril, que continuam em uma angulação obtusa e desembocam nas ruas Padre Júlio Maria e Erasme Rosa Magalhães, respectivamente. O muro dos fundos do cemitério dá para a rua Demétrio Ribeiro, onde seria a base do caixão.
Alameda Domingas Antônia: uma homenagem à primeira pessoa enterrada no Cemitério da Saudade
Quem foi Domingas Antônia? A mulher que dá nome a alameda central do Cemitério da Saudade era uma andarilha da região leste que faleceu aos 48 anos de idade, sem nenhuma assistência médica.
Apesar de não ter tido nenhum suporte da administração pública em vida, sua morte atraiu amplamente às autoridades, que tomaram as providências necessárias para o seu enterro. O ato estreou a primeira sepultura do cemitério, e como forma de homenageá-la, o nome de Domingas Antônia batizou a principal alameda da necrópole, em 1942.
Geraldo Ribeiro, motorista de JK, foi enterrado no Cemitério da Saudade
Uma triste ironia do destino: o condutor do carro do político responsável pela fundação do Cemitério da Saudade foi sepultado na necrópole.
Geraldo Ribeiro era amigo e motorista de Juscelino Kubitschek. Era ele quem conduzia o Chevrolet Opala preto do ex-presidente, quando o veículo colidiu violentamente com uma carreta carregada de gesso, na Via Dutra. Tanto Geraldo quanto JK morreram na hora.
Enquanto Kubitschek teve um grande funeral em Brasília, acompanhado por mais de 300 mil pessoas, Geraldo Ribeiro foi sepultado no Cemitério da Saudade, em Belo Horizonte, em uma cerimônia bem mais modesta.
O bairro Saudade em BH
Em BH, Saudade fica ao lado do Paraíso. Os nomes referem-se a dois bairros da zona leste da cidade, área onde também ficam os bairros Vera Cruz, Pompéia e Esplanada.
A região é famosa por sua tradição boêmia, e por concentrar muitos bares e botecos despojados. Mesmo abrigando a famosa necrópole, o bairro Saudade não perdeu o seu caráter festivo.
Um dos bares mais famosos da região é o Juramento 202, que surgiu como uma extensão da Cervejaria Viela. Apelidado carinhosamente de Jura, o boteco fica entre o Saudade, o Paraíso e o Pompéia, e nasceu como um lugar para vender cerveja artesanal a um preço justo.
O bairro ainda é berço de um famoso bloco de Carnaval que aborda, com leveza, o tema da morte: o Bloco Fúnebre. Os foliões desfilam, tradicionalmente, na sexta-feira que antecede o feriado, usando roupas pretas, maquiados como caveiras mexicanas e usando outros acessórios característicos. O bloco participa da festa desde 2013.
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Com muitas nuances diferentes, o bairro Saudade pode ser visto como um retrato de Belo Horizonte: um lugar cheio de história e muitos contrastes, mas com uma alma boêmia que resiste a todos os tempos.
A Valenet tem a melhor internet do bairro Saudade
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