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Estrada de Ferro Vitória a Minas: conheça a história, curiosidades e quais cidades mineiras fazem parte do trajeto
Historicamente, a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) é uma das mais importantes e tradicionais ferrovias do Brasil.
Tendo sua história iniciada no final do século XIX, ela desempenhou, e continua desempenhando até hoje, um papel crucial no desenvolvimento econômico e social das regiões por onde passa.
Além de ser um marco no transporte ferroviário brasileiro, a EFVM é a única ferrovia de passageiros que opera diariamente no país, conectando as capitais Vitória (Espírito Santo) e Belo Horizonte (Minas Gerais).
Então, fique por dentro de tudo que iremos falar neste postblog, pois iremos explorar a história, a importância econômica, curiosidades e por fim, em quais cidades mineiras a EFVM passa em seu trajeto.
Sumário
- Origem da Estrada de Ferro Vitória a Minas;
- Reformas da Estrada de Ferro Vitória a Minas;
- Importância Econômica da Estrada de Ferro Vitória a Minas;
- Curiosidades Sobre a Estrada de Ferro Vitória a Minas;
- Conectividade e Desenvolvimento: A Presença da Valenet em Minas Gerais.
Origem da Estrada de Ferro Vitória a Minas
Primeiramente, a história da Estrada de Ferro Vitória a Minas se inicia no final do século XIX, quando a necessidade de escoar a produção cafeeira do Vale do Rio Doce e do Espírito Santo se tornou uma prioridade.
Tendo isso em vista, a construção da ferrovia foi um marco na transformação econômica dessas regiões, que até então eram relativamente isoladas e dependiam do transporte por estradas precárias e rios turbulentos.
Posteriormente, a criação da EFVM foi formalizada por um decreto-lei aprovado em fevereiro de 1902. Logo depois, o primeiro trecho da ferrovia, ligando as cidades de Vitória e Natividade, foi inaugurado em 13 de maio de 1904 contendo 30 quilômetros de extensão e três paradas ao longo do percurso.
Todavia, a construção foi liderada por Pedro Augusto Nolasco Pereira da Cunha e João Teixeira Soares, que tinham como objetivo inicial o escoamento da produção cafeeira.
Inicialmente, o projeto original da EFVM previa a extensão da ferrovia até Peçanha (MG), de onde ela seria conectada à Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB), permitindo o transporte de mercadorias até o Rio de Janeiro.
No entanto, o foco da ferrovia mudou em 1911, quando a linha alcançou a região de Naque no Vale do Aço. Além disso, com o desenvolvimento da mineração em Itabira, a ferrovia passou a se concentrar no transporte de minério de ferro, essencial para a emergente indústria siderúrgica brasileira.
Reformas da Estrada de Ferro Vitória a Minas
Ao longo das décadas, a EFVM passou por diversas fases de expansão e renovação, que foram fundamentais para consolidá-la como uma das principais ferrovias do Brasil.
Durante a Primeira Guerra Mundial e a pandemia de gripe espanhola de 1918, a construção da ferrovia foi interrompida e as obras também ficaram paralisadas em Belo Oriente até 1919.
Nesse mesmo ano, o empresário americano Percival Farquhar adquiriu o projeto e retomou as obras no início da década de 1920, o que levou à criação da cidade de Coronel Fabriciano, um dos principais polos industriais do Vale do Aço.
Diante disso, o crescimento industrial da região só foi possível graças à existência da EFVM, que se tornou o principal meio de escoamento da produção das indústrias locais, como a Aperam South America, em Timóteo, e a Usiminas, em Ipatinga.
Em seguida, a Segunda Guerra Mundial trouxe novos desafios, atrasando novamente as obras, mas também resultou na criação da Companhia Vale do Rio Doce (atual Vale S.A.) em 1942, como parte dos Acordos de Washington.
Esses acordos transferiram o controle das minas de ferro brasileiras para o governo brasileiro, com o apoio dos Estados Unidos na construção de uma indústria siderúrgica robusta e na manutenção da Estrada de Ferro para o transporte de minério.
Na sequência, durante as décadas de 1950 e 1960, a EFVM passou por uma significativa modernização com a introdução das primeiras locomotivas a diesel, que substituíram as antigas que eram movidas a vapor.
Entre 1971 e 1977, a linha ferroviária foi duplicada, e em 1991, a ferrovia finalmente alcançou Belo Horizonte, completando a ligação entre as capitais dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais.
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Importância Econômica da Estrada de Ferro Vitória a Minas
Definitivamente, a EFVM desempenha um papel fundamental na economia brasileira, sendo responsável pelo transporte de uma parte significativa da produção de minério de ferro do país.
Atualmente, a ferrovia está sob administração da Vale S.A., uma das maiores empresas de mineração do mundo e que investe continuamente na modernização e na eficiência da ferrovia.
Com mais de 900 quilômetros de extensão, a estrada é composta por duas linhas principais que atravessam os estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
Ademais, ela também é conhecida por incorporar tecnologias de ponta em sua operação, como simuladores de treinamento, sistemas de monitoramento, inteligência artificial e equipamentos de alta performance.
Ou seja, esses investimentos resultam em uma operação altamente automatizada, que melhora a segurança e a eficiência do transporte ferroviário.
Do mesmo modo, a importância econômica da EFVM é evidenciada pelo volume de carga transportada. Em 2002, a via férrea começou a operar trens com 320 vagões, uma composição que chega a quase três quilômetros de extensão.
No ano seguinte, a Vale alcançou o recorde de 119,7 milhões de toneladas de carga transportadas pela estrada, consolidando-a como uma das mais importantes do mundo em termos de transporte de minério de ferro.
Indo mais além, a linha também desempenha um papel crucial no transporte de passageiros. Isto é, ela é a única ferrovia no Brasil que opera trens de passageiros de longa distância diariamente, ligando as capitais Vitória e Belo Horizonte.
Em 2023, a ferrovia transportou cerca de 740 mil passageiros, oferecendo uma alternativa de transporte confortável e segura para a população.
Curiosidades Sobre a Estrada de Ferro Vitória a Minas
Sobretudo, ela é rica em curiosidades e fatos interessantes que destacam sua importância e singularidade no cenário ferroviário brasileiro.
Durante o século XX, a troca de trilhos na ferrovia era feita manualmente e continha o esforço conjunto de várias pessoas. Atualmente, esse processo é realizado com o auxílio de guindastes, refletindo a modernização e a automatização das operações.
Em 1970, a EFVM entrou para a história ao operar o maior trem do mundo em bitola métrica, que continha 150 vagões e 1.550 metros de extensão, sendo puxado por locomotivas diesel-elétricas de 3.900 HP (cavalos de potência), cada uma equivalente a aproximadamente 746 watts. Sem sombra de dúvidas, esse feito demonstrou e provou a capacidade da ferrovia de mover grandes volumes de carga com eficiência.
Outra curiosidade interessante da Estrada de Ferro Vitória a Minas é o rigoroso monitoramento das condições climáticas ao longo de sua extensão. Isto é, sistemas de pluviometria e temperatura são utilizados para prevenir incidentes durante períodos de chuvas intensas ou calor extremo, garantindo a segurança e a eficiência das operações.
Por fim, a estrada atravessa 42 municípios ao longo de seus 664 quilômetros, passando por 30 estações entre Vitória e Belo Horizonte. O trajeto completo leva cerca de 13.5 horas, proporcionando uma experiência única para os passageiros que desejam apreciar as paisagens de Minas Gerais e Espírito Santo.
As localidades mineiras que fazem parte do percurso são:
- Belo Horizonte
- Barão de Cocais
- Rio Piracicaba
- João Monlevade
- Nova Era
- Timóteo
- Ipatinga
- Ipaba
- Cachoeira Escura
- Periquito
- Pedra Corrida
- Governador Valadares
- Tumiritinga
- São Tomé do Rio Doce
- Barra do Cuieté
- Conselheiro Pena
- Krenak
- Resplendor
- Aimorés
Diante disso, para garantir o funcionamento da ferrovia, cerca de 3,5 mil colaboradores atuam em diferentes setores. Além disso, a EFVM opera com 317 locomotivas e 12.123 vagões de minério ao longo de sua extensão.
Por último, o trajeto inclui 45 túneis, que somam 27,5 quilômetros, 127 pontes, 185 passagens de nível e 43 passarelas, além de 27 equipamentos que compõem a via permanente.
Conectividade e Desenvolvimento: A Presença da Valenet em Minas Gerais
Aliás, o desenvolvimento das cidades por onde a Estrada de Ferro Vitória a Minas passa, não se limita apenas ao transporte ferroviário. Analisando sob outra perspectiva, a infraestrutura digital também é uma parte essencial da modernização, e é nesse contexto que a Valenet, a internet dos mineiros, se destaca.
Em cidades como Belo Horizonte, Barão de Cocais, Rio Piracicaba, João Monlevade e Nova Era, a Valenet tem desempenhado um papel crucial ao fornecer internet de alta velocidade e qualidade para residências, empresas e instituições.
Dessa maneira, o provedor investe continuamente em tecnologia para garantir que seus serviços sejam de última geração, e que atendam às demandas crescentes por internet rápida, potente e estável.
Em conclusão, podemos afirmar que essa presença integrada de infraestrutura de transporte, representada pela EFVM, e de conectividade digital, proporcionada pela Valenet, cria um ambiente ainda mais propício para o desenvolvimento econômico e social das cidades mineiras citadas anteriormente.
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