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Presidentes do Brasil que nasceram em Minas Gerais

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Conheça todos os presidentes do Brasil que nasceram em Minas Gerais

Você provavelmente sabe que o estado de MG tem uma importância política muito grande. Mas já parou para refletir sobre todos os presidentes do Brasil que nasceram em Minas Gerais?

Desde Proclamação da República, em 1889, sete mineiros foram escolhidos para assumir o comando do país. O Blog da Valenet te conta quem são eles e como foi a passagem de cada um pelo mais alto cargo do poder Executivo brasileiro.

Sumário

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Afonso Pena

O primeiro mineiro a assumir o governo do Brasil foi Afonso Pena. Nascido em Santa Bárbara, em 1847, o político foi o sexto presidente de República desde o fim do Império.

Era formado em Direito e começou sua carreira política como deputado de Minas Gerais, em 1874. Posteriormente, foi deputado federal, ministro, governador do estado e vice-presidente de Rodrigues Alves, até ser elevado à presidência em novembro de 1906, quando o Brasil vivia a chamada política do “café-com-leite”.

Satisfazendo o interesse dos cafeicultores, uma das medidas de seu governo foi a criação do Convênio de Taubaté, o qual estabelecia que, para manter o preço do café, o governo compraria todos os estoques excedentes do produto. Além disso, Afonso Pena desenvolveu redes ferroviárias nos estados da região Sudeste e modernizou portos para melhorar o escoamento da produção.

Seu governo estimulou grandemente a imigração, principalmente de italianos. Nesse período, os trabalhadores começaram a se organizar e a reivindicar melhores condições de trabalho, promovendo as primeiras greves da história brasileira.

Outro importante acontecimento durante o mandato de Afonso Pena foi a reestruturação do exército, na qual, em 1908, foi estabelecida a obrigatoriedade do serviço militar. O presidente faleceu em 14 de junho de 1909, em decorrência de uma pneumonia, e quem assumiu a presidência foi seu vice, Nilo Peçanha.

Afonso Pena - presidentes do Brasil de Minas Gerais
Afonso Pena iniciou sua carreira política durante o Império – Foto: Fundo Afonso Pena

Delfim Moreira

Nascido em Cristina, no interior de Minas Gerais, em 1868, Delfim Moreira assumiu a presidência do Brasil por apenas 8 meses, entre novembro de 1918 e julho de 1919.

Formado em Direito, o político foi um grande defensor da República, antes mesmo de sua proclamação. Foi deputado estadual, secretário do interior e governador, cargos esses exercidos em Minas Gerais. Posteriormente, foi o candidato à vice-presidência da chapa de Rodrigues Alves, nas eleições de 1918.

No entanto, Alves faleceu antes de assumir o cargo, culminando na posse de Delfim Moreira como o 10º presidente do Brasil até que novas eleições fossem realizadas, como determinava a Constituição.

Mesmo com um curto mandato, o governo de Delfim Moreira foi marcado por diversos problemas sociais. Brigas regionais e greves trabalhistas, que foram respondidas por meio da repressão, foram algumas das instabilidades enfrentadas pelo político nesse período.

Durante o seu mandato, a Primeira Guerra Mundial chegou definitivamente ao fim. Além disso, outros momentos importantes da história brasileira ocorreram em sua gestão, como a reedição do Código Civil e a organização da estrutura administrativa do Acre.

Após a organização de novas eleições, em 1919, Delfim voltou ao cargo de vice-presidente, mas faleceu quase um ano depois, no dia 1º de julho de 1920, aos 51 anos de idade, em decorrência de uma sífilis terciária.

Arthur Bernardes

Arthur da Silva Bernardes nasceu em Viçosa, Minas Gerais, dia 8 de agosto de 1875. Foi presidente da República entre os anos de 1922 e 1926, em um período que o regime oligárquico enfrentava uma grande crise política.

Antes de assumir o mais alto cargo do poder Executivo brasileiro, foi deputado e senador de Minas Gerais. Mais tarde, foi eleito governador do estado. Seu mandato como presidente foi definido por importantes acontecimentos, como a Revolução Gaúcha, a repressão ao movimento operário e a Semana de Arte Moderna.

O enfrentamento ao movimento tenentista também foi um marco de sua gestão. Enfrentou a Revolução de 1924, a Coluna Prestes e a Comuna de Manaus com muita repressão, restringindo a liberdade da imprensa e governando em estado de sítio.

Com o intuito de equilibrar a economia do Brasil, que enfrentava grande instabilidade com o final da Primeira Guerra Mundial, Arthur Bernardes propôs cortes nos gastos públicos, realizou empréstimos e aumentou os impostos. Findou seu mandato dia 15 de novembro de 1926, sendo eleito senador da República, cargo que exerceu até 1930.

Até sua morte exerceu outros cargos na política: Deputado Federal Constituinte (1945) e Deputado Federal (1950), cargo que permaneceu até o final da vida, em 1955.

Arthur Bernardes - presidentes do Brasil de Minas Gerais
Arthur Bernardes foi o 12° Presidente da República – Foto: Arquivo Público Mineiro

Carlos Luz

O presidente do Brasil que ficou menos tempo no poder: Carlos Luz governou o país por apenas 3 dias. Nascido em Três Corações, em 1894, o político, formado em Direito, foi eleito deputado federal, e, em seu mandato, foi escolhido como o presidente da Câmara.

Nesse período, o país passou por uma grave instabilidade política, com o suicídio do então presidente Getúlio Vargas e o afastamento de seu vice, Café Filho, por motivos de saúde. Com isso, o então presidente da Câmara dos Deputados deveria assumir o comando da República. Foi assim que Carlos Luz chegou ao mais alto cargo do Poder Executivo.

O primeiro ato de Carlos Luz foi a indicação de Álvaro Fiúza para o assumir o Ministério da Guerra, substituindo o general Henrique Lott. A decisão colocou as intenções do presidente sob suspeita, já que essa atitude foi entendida como uma ameaça de um possível golpe militar.

Contudo, antes de entregar o cargo, Lott foi convencido por uma ala dos militares a realizar um golpe contra o próprio Carlos Luz. O militar entregou o poder para Nereu Ramos, então presidente do Senado.

Juscelino Kubitschek

O médico e político Juscelino Kubitschek nasceu em Diamantina, Minas Gerais, em 1902. Entre 1940 e 1945 foi prefeito de Belo Horizonte, onde realizou obras importantes como o complexo da Pampulha, com projetos de Oscar Niemeyer.

Em 1950, foi eleito governador de Minas Gerais, mandato no qual criou a CEMIG (Centrais Elétricas de Minas Gerais) e construiu cinco usinas para a produção de energia elétrica.

Foi presidente do Brasil, de 1956 a 1960, prometendo cinquenta anos de progresso em cinco de governo. Seu mandato é sempre lembrado como “os anos dourados” na história brasileira, devido à euforia desenvolvimentista.

O grande marco do Governo JK foi construção de Brasília, a nova capital do país, que foi inaugurada em 21 de abril de 1960. Com projeto urbanístico de Lúcio Costa e arquitetônico de Oscar Niemeyer, a localidade era diferente de tudo que já havia sido feito antes. Inclusive, atualmente, é a única cidade contemporânea da lista de Patrimônios Mundiais da Humanidade.

Para custear a modernização do Brasil, JK teve que recorrer ao capital estrangeiro. Seu mandato chegou ao fim em meio às crescentes dificuldades econômicas. A inflação e a alta do custo de vida resultaram em inúmeras greves, especialmente em SP e RJ.

Juscelino Kubitschek de Oliveira faleceu em 1976, em um acidente automobilístico quando viajava de São Paulo para o Rio de Janeiro.

Juscelino Kubitschek - presidentes do Brasil de Minas Gerais
JK lançou um ousado plano desenvolvimentista durante seu Governo – Foto: José Cruz/Agência Brasil

Pedro Aleixo

Pedro Aleixo nasceu em Mariana no ano de 1901, e, além de sua carreira na política, foi advogado, professor e jornalista, tendo sido um dos fundadores e diretor do jornal Estado de Minas.

No governo, foi deputado constituinte, deputado estadual e deputado federal. Com o apoio de Getúlio Vargas, o político chegou à cadeira de presidente da Câmara dos Deputados. Alguns anos depois, Pedro Aleixo voltou-se contra Vargas, sendo um dos responsáveis pelo Manifesto dos Mineiros, que pedia o fim da ditadura do então governante.

Filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e foi um dos líderes civis do golpe militar ocorrido no país em 1964. Assim, foi Ministro da Educação e Cultura no governo de Castelo Branco e vice-presidente na chapa de Costa e Silva. Durante o governo do militar, ele se posicionou contra o estabelecimento do Ato Institucional n° 5, o famoso AI-5.

Acometido de uma trombose, Costa e Silva teve que se afastar da presidência do país em agosto de 1969 e Pedro Aleixo foi impedido de assumir o posto presidencial pela junta militar, que anulou seu mandato.

Mesmo assim, ele é legalmente considerado ex-governante do Brasil, e, em 2018, sua foto foi incluída na galeria de ex-presidentes da República.

Dilma Rousseff

Primeira e única mulher (até a presente data) a ser eleita para a Presidência da República, Dilma Vana Rousseff nasceu em Belo Horizonte, em 1947. Iniciou a atividade política em grupo de oposição ao Regime Militar, ingressando na luta armada aos dezesseis anos de idade, tendo sido presa e torturada em 1970 e libertada da prisão em 1972.

A política foi eleita presidente em 2010, com o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi ministra de Minas e Energia e chefe da Casa Civil. Dilma foi reeleita em 2014, mas não chegou a completar o mandato.

Seu governo passou por uma crise política e econômica, a qual ela não conseguiu reverter, sofrendo um processo de impeachment em 2016.

Dilma Rousseff - presidentes do Brasil de Minas Gerais
Dilma Rousseff sofreu um processo de impeachment sob a acusação de crime de responsabilidade fiscal – Foto: Wikimedia Commons

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Muitos dos presidentes mineiros que governaram o Brasil contribuíram para o avanço e modernização do país.

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2 thoughts on “Presidentes do Brasil que nasceram em Minas Gerais

  1. Uma observação,faltou o presidente Itamar Franco. Este assumiu após o impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo.

    1. Boa lembrança! Mas aqui nós temos um fato curioso: você sabia que apesar de ter construído toda a sua carreira em Minas Gerais, o presidente Itamar Franco não nasceu no nosso estado? Ele nasceu em águas brasileiras, a bordo de um navio de cabotagem, e foi registrado em Salvador.

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